segunda-feira, 28 de março de 2011

Encontro Presencial do UCA na Escola Joca Costa

No dia 22 de março, realizamos um encontro presencial com a equipe da Escola Joca Costa, para colocarmos em dia as atividades do 3º módulo do curso e fazermos algumas considerações a respeito do trabalho do UCA na referida Instituição. A Coordenadora Orcilene falou da importância de se revermos a carga horária dos professores, tendo em vista o bom andamento das ações do referido Projeto. Foi um momento muito especial, pois compartilhamos os desafios enfrentados pela escola até o momento. Tivemos a oportunidade de atualizar os blogs dos professores e orientá-los sobre o desenvolvimento das metodologias que serão vivenciadas em sala de aula. Quero validar o trabalho da equipe Joca Costa, que a todo momento demonstram entusiasmo e perseverança no desenvolvimento do Projeto Uca. Afinal, aquele é um espaço privilegiado de conhecimento para todos.

Autora: Edna Vieira - Tutora do Uca

terça-feira, 22 de março de 2011

GESTÃO PARTICIPATIVA NA ESCOLA -


Pensar a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na ideia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola. Outro conceito importante é o da participação, pois também pode ter muitos significados, além de poder ser exercida em diferentes níveis. Podemos pensar a participação em todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, ou pensar que participação pudesse ser apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico. Portanto, as conhecidas perguntas sobre "quem participa?", "como participa?", "no que participa?", "qual a importância das decisões tomadas?" devem estar presentes nas agendas de discussão da gestão na escola e nos espaços de definição da política educacional de um município, do estado ou do país.Quais são os instrumentos e práticas que organizam a vivência da gestão escolar? Em geral, esses processos mesclam democracia, instrumentos e instâncias formais que pressupõem a eleição de representantes, com democracia participativa, estabelecimento de estratégias e fóruns de participação direta, articulados e dando fundamento a essas representações. Vários autores, como Padilha (1998) e Dourado (2000), defendem a eleição de diretores de escola e a constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão. Outro elemento indispensável é a descentralização financeira, na qual o governo, nas suas diferentes esferas, repassa para as unidades de ensino, recursos públicos a serem gerenciados conforme as deliberações de cada comunidade escolar. Estes aspectos estarão conformados na legislação local, nos regimentos escolares e regimentos internos dos órgãos da própria escola, como o Conselho Escolar e a ampla Assembleia da Comunidade Escolar. Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998), os Conselhos, de composição paritária, devem respaldar-se em uma prática participativa de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos, funcionários). Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações relevantes para a tomada de decisões e que haja transparência nas negociações entre os representantes dos interesses, muitas vezes legitimamente conflitantes, dos diferentes segmentos da comunidade escolar. Os conselhos e assembléias escolares devem ter funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e avaliar todo o processo de gestão escolar e não apenas funcionar como instância de consulta.

Autora: Edna de Jesus Vieira, Mestre em Ciência da Educação - UTIC

Artigo: Necessidade de Elaboração do Projeto Político Pedagógico

É fundamental que a escola, ao elaborar o Projeto Político-Pedagógico, conheça as expectativas da comunidade, suas necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes e manifestações culturais e artísticas. É por meio desse conhecimento que a escola pode atender aos anseios da comunidade, considerando as práticas dessa, sejam elas de natureza econômica, política, social, cultural, ética ou moral, cumprindo assim a sua função social.
Nesse sentido, é preciso enxergar a escola como um lugar de gestação, construção, implantação, avaliação e atualização do Projeto Político-Pedagógico. Mesmo sabendo do permanente desafio desse processo, ele deve ser dinamizado de forma coletiva, colegiada, democrática e participativa, promovendo, dessa forma, a formação integral do ser humano e a identidade da escola. É no Projeto Político-Pedagógico de uma escola que tratam a unidade e a continuidade do processo educativo, assegurando, enfim, o dinamismo em prol da construção da cidadania escolar e cívica, perseguindo e executando os objetivos que a constituem.
Diante disso, é possível defender a idéia de que nenhuma escola pode caminhar bem e alcançar resultados satisfatórios, sem uma equipe gestora comprometida, democrática e sem um referencial chamado de Projeto Político- Pedagógico, o qual representa o funcionamento da escola e pode ser compreendido como um instrumento de organização dela. Assim, a sua elaboração e execução com sucesso, dependem, sobretudo, do papel ativo da equipe gestora que envolverá os demais atores do contexto escolar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Prêmio Educadores Inovadores 2011

Para Todos os Educadores!!!

A Microsoft Educação abriu as inscrições para o Prêmio Educadores Inovadores 2011, o concurso tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de ações de incorporação das tecnologias em atividades que proporcionem um melhor desempenho da comunidade escolar.
Visite o site:
http://www.educadoresinovadores.com.br/

para obter maiores orientações.

sexta-feira, 11 de março de 2011

CASE DE SUCESSO - SEMINÁRIO PENSAR

Ações de Sucesso da Escola Estadual Joca Costa, apresentado pela Professora Mestre em Ciência da Educação - Edna de Jesus Vieira, no Seminário "Pensar"-2010 em Palmas, para um público de 900 educadores, com o mote de socializar experiências exitosas sobre a Gestão escolar. O referido trabalho levou a Escola ao Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar - 1º lugar no Estado e entre as 6 finalistas em âmbito nacional. Essa experiência proporcionou um intercâmbio de 15 dias nos Estados Unidos da América, juntamente com 21 gestores brasileiros, de escolas premiadas.

Clique no link abaixo:

https://docs.google.com/present/edit?id=0AZUiL8TxqUH1ZGZuYmgyaHJfMWhnM2pzZGhy&hl=en

terça-feira, 1 de março de 2011

Artigo:O PERFIL DO PROFISSIONAL DO ENSINO RELIGIOSO EM DIANÓPOLIS

RESUMO: Esse artigo propõe discutir o perfil do profissional do Ensino Religioso, em Dianópolis relacionado à formação filosófica/ ética e Pedagógica/teológica, nas quais o professor do ERE, mais que as das demais disciplinas, precisa aprimorar sua formação e atualizar continuamente o conhecimento, tanto do objeto do conhecimento (conteúdo), como do sujeito de aprendizagem (o aluno enquanto sujeito social, epistêmico, afetivo ético e religioso). O ideal seria, ter autêntica vivência religiosa e comunitária.

Palavras chaves: profissionalismo do ERE e formação do docente.

INTRODUÇÃO

O presente artigo não pretende esgotar uma questão tão complexa, é apenas um exercício da organização de idéias de um grupo a respeito do perfil do profissional do Ensino Religioso Escolar no município de Dianópolis, Tocantins.
A partir da alteração do artigo 33 da LDBEN 9394/96 (Lei 9475/97), a formação de docentes para a disciplina do Ensino Religioso na Educação Fundamental, tem se constituído em foco de interesse, discussão e pesquisa em âmbito nacional, envolvendo lideranças de diferentes denominações religiosas, a comunidade acadêmica e os sistemas de ensino, todos diretamente atingidos pelo dispositivo legal, reconhecendo-a como um dos componentes curriculares fundamentais para o desenvolvimento do educando, frente aos desafios da diversidade cultural na realidade social.
Nessa perspectiva, os Parâmetros Curriculares, bem como a LDB abordam a questão do perfil do profissional do Ensino Religioso, o qual espera-se que seja um profissional habilitado para o exercício em sala de aula, que esteja disponível para o diálogo e seja capaz de articulá-lo a partir das questões suscitadas no processo de aprendizagem do educando; que busque constantemente o conhecimento religioso, que compreenda o Fenômeno Religioso; desenvolvendo em seus alunos a relevância da alteridade e dessa forma, possa contribuir para que se garanta o conhecimento da transcendência. Entende-se com isso, a necessidade da formação filosófica, ética, teológica e pedagógica, agregadas ao perfil do profissional do Ensino Religioso, uma vez que a educação da religiosidade faz parte da educação integral do ser humano. Formar o homem enquanto ser social, comprometido com a construção do mundo, é educá-lo também para os valores que transcendem a sua existência material.
Sabe-se que no Estado do Tocantins, é rara a presença desse profissional nas escolas, uma vez que não é disponível a formação acadêmica do Ensino Religioso, fazendo-se necessária à oportunidade do investimento na formação desse profissional, pois é de sua responsabilidade colocar em discussão informações e não determinar valores aos alunos, sendo um interlocutor entre a escola e a sociedade propiciando ao educando uma atmosfera pensante de modo que ele possa entender o processo e adquirir as habilidades e ferramentas que lhe possibilitarão desenvolver seu próprio sistema de valores.
Partindo deste pressuposto apresentaremos uma amostragem do perfil do profissional do ERE que atua em Dianópolis, pois em sua maioria apenas complementam carga horária, sem formação adequada na referida disciplina.
Esperar-se que após conclusão desta capacitação e conseqüentemente deste artigo, haja contribuição na transformação dessa realidade.


1.O PROFISSIONAL DO ERE EM DIANÓPOLIS

Diante do mistério do transcendente, a perplexidade do educador necessita antecipar a do educando, para que juntos possam responder as questões trazidas ou estimular outras perguntas no que se refere ao Ensino Religioso. Assim, a busca constante do conhecimento das manifestações religiosas, a clareza quanto a sua própria convicção de fé, a consciência da complexidade da questão religiosa e a sensibilidade à pluralidade, são requisitos essenciais do profissional do Ensino Religioso. Esse profissional precisa de uma formação específica, pois trabalha com as Ciências da Religião( Filosofia,Sociologia,Teologia, etc.)ou seja, sistematização que explica o ser humano, seus sonhos, seus amores e temores. Frente a isso, faz-se necessário uma formação específica, onde sejam contemplados, entre outros os conteúdos: Culturas e Tradições Religiosas; Escrituras Sagradas; Teologias Comparadas; Ritos e Ethos, garantindo-lhe a formação adequada ao desempenho de sua ação educativa.
Nesse contexto, percebemos que a realidade do profissional do ERE em Dianópolis, não é diferente de outras localidades, pois temos apenas um profissional com formação específica para a referida disciplina, fazendo com que os demais complementem carga horária. A disciplina é ministrada por pessoas que tenham função religiosa em sua igreja, necessitando, portanto, de uma formação, bem como de estudos continuados para esses profissionais. Apesar de todos esses fatores
percebemos que o professor desenvolve sua função com responsabilidade, planejando, pesquisando, para que seu trabalho seja desenvolvido com eficiência e eficácia.


2. FORMAÇÃO FILOSÓFICA E ÉTICA DO PROFISSIONAL DO ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso em sua articulação destaca alguns aspectos fundamentais à sua concretização, tais como: as contribuições das áreas afins; a busca permanente do sentido da vida; a superação da fragmentação das experiências e da realidade; o pluralismo religioso e a necessidade de evitar o proselitismo.
Diante dessa visão, espera-seque o profissional do Ensino Religioso possua um saber íntimo e aprofundado dos princípios que norteiam a conduta de uma sociedade ou grupo, objetivando alcançar o bem comum, ocupando-se da coletividade.
Portanto, cabe ao professor o entendimento das Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, onde veta o proselitismo religioso em sala de aula, não podendo ensinar “Religião”, tendo como conceitos éticos básicos: o respeito à diversidade e o exercício da tolerância, haja vista, que o espaço da escola permite a congregação de diversas religiões.


3. FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

No Ensino Religioso, a construção do saber se concretiza no desenvolvimento das competências e habilidades a partir do conhecimento das culturas e tradições religiosas. Esse conhecimento pro posto, visa subsidiar o aluno não só na compreensão do fenômeno Religioso, o qual ele vivencia e observa em seu contexto cotidiano, mas transforma a comunidade escolar num espaço próprio para a construção de valores como: a paz, o amor, a ética, o diálogo, o respeito e a reverência ao diferente.
O ser humano é religioso! A religiosidade precisa ser educada, pois é uma dimensão humana. Presente em todos, ela educada permite aprimoramento de costumes, tornando a pessoa mais integralmente humana. A escola tem ocupação de sistematizar a extensão do conhecimento e produção dos saberes em todas as dimensões educacionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do trabalho proposto pudemos observar através de pesquisa de campo, a verdadeira realidade do profissional do ERE em Dianópolis, confrontando com as orientações recebidas no Curso de Aperfeiçoamento em Ensino Religioso, promovido pela SEDUC/ ASTER, embasando na LDB, bem como na Proposta Curricular Estadual. Nesse contexto, pudemos observar: A dedicação dos profissionais na busca do planejamento condizente com o Referencial Curricular, ansiedade dos professores em receber orientações direcionadas para desempenhar bem a sua função, a compreensão de que o Ensino Religioso não pode ser proselitista.
Diante desses pressupostos, necessita - se de uma Assessoria de Currículo na Diretoria Regional de Ensino, para acompanhamento dos professores no exercício da sua função; realização da formação continuada, bem como cursos de formação e pós-graduação para quem já tem formação.

Autora Edna Vieira - Mestre em Ciência da Educação pela UTIC.